Segundo o promotor da área de Cidadania, Marco Aurélio Farias, a intenção da cartilha é oferecer subsídios para que os princípios contidos na lei possam ser melhor trabalhados.
“Na realidade a cartilha não contém apenas os dispositivos legais, mas também indicações sobre as redes de apoio governamental e não-governamental que podem auxiliar as pessoas do sexo feminino, vítimas de violência”.
Ele informou que o material, editado em papel reciclado, será distribuído entre procuradores de Justiça, comunidades de baixa renda, além de entidades de defesa dos direitos das mulheres e direitos humanos.
“O livro vai ter utilidade principalmente nas pequenas cidades do interior, onde não existem promotorias especializadas no atendimento a mulheres vítimas de agressões” ,explicou.
Farias disse ainda que, com a implantação da lei, que dá tratamento mais rigoroso aos agressores, em comparação às penas aplicadas anteriormente, as prisões em flagrante e os inquéritos remetidos à Justiça aumentaram 100% nas delegacias especializadas no atendimento à mulher no estado.
Dados da Secretaria de Defesa Social indicam que somente no primeiro semestre deste ano 162 pernambucanas foram vítimas de homicídio, em todo o estado.
A delegada Verônica Azevedo informou que atualmente existem em Pernambuco quatro delegacias que prestam atendimento à mulher, mas a meta é ampliar esse número para 15, nos próximos três anos.