segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pernambuco é 2º no País no ranking de jovem infrator.

   

VIOLÊNCIA Pernambuco tem atualmente 1.647 adolescentes cumprindo medida socioeducativa,
perdendo apenas para São Paulo



Pernambuco só perde para São Paulo quando o assunto é o número de adolescentes que cumprem medida socioeducativa por causa de conflitos com a lei. Em números absolutos, o Estado tem hoje 1.647 jovens infratores, espalhados por 17 centros. Supera, inclusive, unidades da Federação como Minas Gerais, que possui uma população de jovens entre 12 e 18 anos (idade em que a medida de recolhimento é aplicada) duas vezes maior do que a pernambucana. Os dados são da Secretaria Especial de Direitos Humanos.



Embora lidere o ranking, São Paulo vive uma situação bem parecida com a de Pernambuco, em termos proporcionais. O Estado do Sudeste tem uma população de jovens infratores quatro vezes maior do que a pernambucana. Mas tem um quantitativo de adolescentes de 12 a 18 anos também quatro vezes maior (6,6 milhões de jovens). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, Pernambuco tem 1,6 milhão de jovens entre 12 e 18 anos.

Na tentativa de mudar esse quadro, o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente apresentou, sexta-feira, o novo plano de atendimento socioeducativo. Ele foi aprovado em novembro do ano passado e tem ações definidas até 2015. O governo, no entanto, ainda não garantiu que vai contemplá-lo no orçamento do Estado, para que possa sair do papel. O plano é baseado em três eixos: concurso público para a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), padronização dos centros de acordo com os parâmetros arquitetônicos do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e a expansão do meio aberto, sem a necessidade de recolhimento do jovem. Atualmente, apenas dois centros seguem os padrões de arquitetura (Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e Caruaru, no Agreste).

Sexta, durante a apresentação do plano, a presidente do conselho, Madalena Fucks, mostrou um balanço em que revela que a superlotação das unidades do Estado é o principal problema do atendimento aos jovens infratores. Treze das 17 unidades abrigam um número superior ao da capacidade. “Antes, eu era contra a criação de novos centros, enquanto uma política pública clara e eficiente não fosse traçada. Hoje, vejo que os dois têm que caminhar em paralelo”, disse.

Do Jornal do Commercio / A Voz da Vitória

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